terça-feira, 9 de setembro de 2014

TIAGO - ESTUDOS - VERSÍCULOS 6-11

Em continuidade ao estudo da carta de Tiago, relembramos que o escritor nos encoraja a permanecermos firmes e com prazer diante das provações, ainda que caiamos em tentação, pois estas nos produzem paciência e como consequência a perfeição para sermos completos.

Também nos ensinou que devemos, na falta de sabedoria, pedi-la a Deus e Ele, com grande alegria, nos concede liberalmente.

Para pedirmos, entretanto, Tiago adverte:

Peça-a, porém, com fé, não duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte. 
(Tiago 1:6 - ARC)


De uma maneira bastante direta, objetiva, Tiago reforça que nosso pedido deve ser feito com FÉ, uma fé que é totalmente oposta à dúvida. Essa dúvida não pode existir antes, durante ou depois do pedido feito à Deus, pois se existir dúvida, não existe fé!

De forma bastante interessante, Tiago explica de forma comparativa e, porque não, lúdica, o que é a dúvida, comparando-a a como quem é levado por circunstâncias exteriores, sem controle ou domínio próprio, procurando aproveitar-se e deixando-se levar pelo movimento exterior.

A mensagem é extremamente clara; devemos pedir com FÉ.

Em Hebreus há uma clássica definição de FÉ, que deve ser lembrada sempre:

"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, a prova das coisas que não se vêem."

Essa interpretação de Fé foi escrita por Paulo cerca de 13 (treze) anos depois que Tiago escreveu o versículo. Tiago já sabia que a fé não é dúvida e Paulo reforçou explicando que o "firme fundamento" é a ausência de dúvidas anteriores ao pedido e  a "prova das coisas que não se vêem" é a completa ausência da dúvida depois do pedido.

Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa. 
O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos. 
(Tiago 1:7-8)

Com essa afirmação, em complemento à anterior, agora de forma mais direta e mais dura, Tiago expressa que o controle do recebimento do pedido não é do homem. Não significa que seguir a "fórmula" dada anteriormente, a instrução, determina à Deus uma obrigação de conceder ao homem o pedido que, no caso é a Sabedoria. Deus é o Todo Poderoso, e Ele sabe a medida exata de sua graça e do poder do seu SIM como resposta aos pedidos dos homens.

Tiago, ainda de forma bastante interessante, diz na sequencia que se o homem é correto no pedido mas não é correto na vida, de nada adianta. Como pode-lhe aproveitar pedir de forma correta sendo pessoa incorreta? Deus deseja de nós uma transformação completa, a chamada conversão. Evidentemente que, segundo as Escrituras Sagradas, Ele enxerga o nosso coração e, acredito, a partir daí lança suas bênçãos. Mas isso não é regra, pois não podemos regrar o Criador das regras. A mente humana decaída é ávida por poder e controle, não poupando dos seus objetivos nem mesmo o verdadeiro Deus. Os humanos desejam ser deuses e desprezam o verdadeiro Deus. Não são poucas as advertências bíblicas sobre isso.

Mas glorie-se irmão abatido na sua exaltação,
E o rico em seu abatimento, porque ele passará como a flor da erva.
(Tiago 1:9-10)

Manifestando-se pela igualdade diante de Deus e no Reino dos Céus Tiago explica que quaisquer ser humano, independente de sua posição, são iguais perante o Senhor, sejam pobres ou ricos (uma das condições que mais aflige o homem), bonitos ou feios, altos ou baixos, doentes ou saudáveis, etc.,

Esta manifestação de Tiago mais nos parece um apelo pela humildade, qual deve ser buscada especialmente por aqueles que se entendem como melhores que os demais, seja qual for o quesito que se baseie para esse pensamento absurdo.

Esta, também, aqui um dos grandes problemas da humanidade, qual seja de o homem entender-se superior e mais merecedor que seu próximo. Relembremos todas as manifestações de Jesus. Sempre foram no sentido de equilibrar essa equação.


Porque sai o sol com ardor, e a erva seca, e a sua flor cai, e a formosa aparência do seu aspecto perece; assim murchará também o rico em seus caminhos.
(Tiago  1:11)

A continuação explica mais um dos motivos pelos quais aquele que se sente melhor em relação ao próximo deve converter-se à humildade. Num dia tudo vai bem mas em outro as coisas mudam e o que era belo, bonito, forte, saudável, próspero, etc, deixa de ser. O exemplo baseia-se na natureza.

Por todos esses exemplos devemos enxergar o plano de Deus para nossas vidas, ora trazido por Tiago de forma bastante direta e objetiva, neste momento com um apelo enorme à humildade.




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